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TUDO QUE NASCE GRANDE É MONSTRO JAPONÊS

  • Foto do escritor: Katia Vanessa
    Katia Vanessa
  • 10 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 12 de ago. de 2024



TUDO QUE NASCE GRANDE

É MONSTRO JAPONÊS


Durante algum tempo da minha vida, convivi com uma pessoa que volta e meia repetia esta frase: “Tudo que nasce grande é monstro japonês”. Creio que ele nem se dava conta, mas todas as vezes que nos dedicávamos a um projeto novo e eu me sentia perturbada por questões que não se podiam resolver de imediato, ou quando eu sentia que tudo era difícil e desafiador, lá vinha a frase de novo! Era engraçado para mim, mas fazia tanto sentido que decidi não só memorizá-la como também repeti-la sempre que tenho as mesmas sensações.

O dono dessa pérola é um jovem senhor, pastor da igreja onde congreguei por cerca de quinze anos. Seu minucioso conhecimento sobre personagens marcantes como o Godzilla e sobre os enormes monstros que o Spectreman enfrentava não negam em que época se passou sua infância. Contrariando a ideia de que não se pode extrair sabedoria das experiências pueris, ele dizia essa frase, precedida e/ou terminada com algo como um “Calma... a gente começa pequeno”.

Mas, antes que você se pergunte o que os “Zillas e Namaguederazes” (este já é mais da minha época) têm a ver com a realização dos seus sonhos, eu quero te convidar a observar, com a singeleza de um espectador de programas da infância, algumas outras simples coisas da vida!

Por exemplo: nascemos pequenos. Aliás, nossa primeira corrida pela vida, neste mundo, se dá em tamanho microscópico! Ou não é esta a “estatura” de um espermatozoide? Mas, embora pequenos e frágeis ao nascer, já demos um salto em tamanho, substância e existência comparado ao primeiro estado. A partir do nascimento, cada um de nós progredirá, fase a fase, até se tornar um homem perfeito.

Assim, a natureza nos presenteou com inúmeros exemplos. Toda árvore frutífera um dia foi semente. Todo rio caudaloso uma tímida nascente. Todo luminoso e quente dia de verão, um traço de luz rasgando a escuridão da madrugada fresca.

Quer um pouco mais? A história humana está repleta deles. Grandes cidades se formaram de um pequeno vilarejo. O atleta recordista de corridas já titubeou nos primeiros desajeitados passos. Os que ascenderam ao topo das mais altas montanhas um dia tiveram a primeira experiência de escalada no armário da mãe ou na árvore do quintal.

Todos pequenos, tímidos talvez, mas que se tornaram tão fortes e magníficos que quase não se pode lembrar sua simplicidade inicial.

Pensando bem, talvez esse seja um dos ingredientes da fórmula da derrota (se é que ela existe): queremos começar como monstros japoneses! Gigantescos, prontos, acabados... medonhos! Quem enfrentaria tamanho terror? Quem dominaria tamanha fera? Como isso é humanamente impossível, nos frustramos, pois o nível do sonho é altíssimo e não podemos alcançar.

Mas, e se, em vez de tentarmos dominar a fera já formada, ousássemos criar, desde o nascimento, o seu filhote? Assim, considere começar pequeno como tudo na vida. Enquanto tem em mente um grande sonho, você prossegue de degrau em degrau, conquistando, avançando, se aproximando gradativamente daquilo que deseja alcançar.

Você certamente vai concordar comigo que uma competição contra milhões, atrás de um alvo nebuloso, indo com parcos recursos por um caminho desconhecido, nunca antes ensinado, nunca antes mapeado, parece impossível de vencer. Mas, você já venceu uma dessas! Ou será que não foi assim que competiram os milhões de minúsculos espermatozoides quando penetrou o óvulo da sua mãe a semente que te gerou? VENCEDOR foi como o Criador chamou você no momento em que foi concebido.

Se você pôde começar de um começo humilde, pequeno, e se tornar você, pode fazer isso de novo, de novo e outra vez!

Lembre-se de que tudo tem um início. Mantenha a calma e siga em frente! Se ficar inquieto, lembre-se da frase. Se quiser, pode pensar que tem alguém por perto que vai sempre dizer: “Calma! Tudo que nasce grande é monstro japonês. A gente começa pequeno”.


Kátia Vanessa




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